sexta-feira, 16 de setembro de 2011

METROPOLIS (ANIME - 2001)




No meu último review escrevi sobre Metropolis, o mangá clássico escrito por Osamu Tezuka em 1949. Mais de 50 anos depois, o estúdio Madhouse, famoso por animes como Vampire Hunter D: Bloodlust, Ninja Scroll e Barefoot Gen, finalmente lançou uma versão animada da obra.

Dirigido por Rintaro, (que trabalhou com Tezuka nas animações de Kimba, o Leão Branco e Astro-Boy) e escrito por Katsuhiro Otomo (de Akira), Osamu Tezuka’s Metropolis foi lançado nos cinemas japoneses no dia 26 de maio de 2001. Com um orçamento estimado de 14,5 milhões de dólares, rendeu cerca de 98 milhões de dólares mundialmente.

Tima, a mistura entre Michi e Maria.


Tecnicamente o anime é perfeito. A animação é impecável, a dublagem é competentíssima. Outro ponto que merece destaque é a trilha sonora, composta por Toshiyuki Honda.

Apesar de levar o nome de Osamu Tezuka, o anime é muito mais uma adaptação do filme homônimo de 1927, dirigido por Fritz Lang, do que do mangá. A começar pela cidade, que é dividida por classes sociais, assim como no filme. No anime os robôs sofrem com o preconceito dos humanos. Alguns deles se revoltaram e foram viver na parte mais pobre da cidade.  Um nível acima moram os humanos que perderam seu emprego para robôs e na superfície moram a elite dos humanos e os robôs escravos. É praticamente a mesma divisão social que temos no filme de 1927.


Zigurate no centro de Metropolis.

Na história do anime, a cidade de Metropolis é a maior cidade do mundo. Quem a controla por de trás das cortinas é Duke Red. Juntamente com o presidente da cidade, eles anunciam ao público a criação da Zigurate, uma torre que promete solucionar todos os problemas da cidade. Duke Red tem um filho adotivo, chamado Rock, que é líder dos Marduques, instituição que é encarregada de matar os robôs rebeldes. Duke Red tinha uma filha chamada Tima, que morreu algum tempo atrás. Ele pede ao Dr. Laughton construir um robô com a aparência de Tima para ser a chave final do Zigurate. Rock descobre isso, e para não deixar seu pai se envolver com um robô, resolve matar Dr. Laughton e a robô, e coloca fogo no laboratório.

Duke Red e Rock.

Enquanto isso chegam do Japão Kenichi e seu tio, o detetive Ban. Eles estão atrás do Dr. Laughton, que é um criminoso internacional. Durante suas investigações chegam ao seu laboratório em chamas. Enquanto Ban recebe de um moribundo Laughton seu caderno de anotações, Kenichi salva Tima das chamas. Os dois caem no nível inferior da cidade, onde vivem os robôs rebeldes. Sem saber que é um robô, Tima desenvolve uma relação muito especial com Kenichi, enquanto os dois são perseguidos por Rock e seus Marduques.

Kenichi e Tima.

 Daí pra frente à história do filme é uma mistura muito bem feita do filme com o mangá. Alguns fãs puristas de Tezuka criticam o filme até hoje, e não o consideram uma adaptação do mangá. Eu como fã tanto do filme quanto do mangá, não tenho reclamações. É um dos melhores animes que já assisti (acho que só perde para os do Miyazaki e Akira) e recomendo a todos. Vejam o filme e o anime, leiam o mangá, pois Metropolis é uma obra prima, não importa qual a mídia.



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