Back To The Future é uma das mais marcantes trilogias da história do cinema, e uma da minhas favoritas. Desde os anos 80 foram lançados vários jogos baseados nela. Todos foram decepcionantes. Não conseguem levar o clima dos filmes aos jogos. Quando joguei Day Of The Tentacle pela 1ª vez, fiquei pensando, por que não lançam um Back To The Future nesse estilo?
20 anos depois do lançamento do último filme no cinema, A Telltale Games, empresa criada por ex-funcionários da Lucas Arts, anunciou esse jogo que eu esperava desde 1995.
Back To The Future – The Game é um Adventure Point & Click clássico como os antigos jogos da Lucas Arts. Foi dividido em cinco episódios, cada episódio lançado mensalmente a partir do dia 22 de dezembro de 2010.
Tecnicamente todos os episódios são iguais. Então aí vai um review geral dessa parte.
Gráficos:
A engine gráfica usada nele é a mesma usada nos outros jogos da Telltale. Talvez esse seja um dos pontos fracos do jogo. Os gráficos parecem datados, mas isso não tira a imersão que o jogo proporciona.
Som:
O som é ótimo. As músicas do filme foram licenciadas, então espere ouvir muito Back in Time E The Power Of Love. Mas o grande destaque do som fica por conta da dublagem. Christopher Lloyd volta a dar vida ao inesquecível Doc Brow. Infelizmente por causa de seus problemas de saúde, Michael J. Fox não pode participar. Em seu lugar foi colocado um ator chamado AJ LoCascio, que conseguiu imitar muito bem a voz de J. Fox e deu vida a um Marty McFly muito parecido com o original. O Michael J. Fox faz uma pequena participação no último episódio.
Jogabilidade
O grande ponto fraco do jogo fica na jogabilidade. É tudo muito simples e fácil. Nos antigos Adventures você tinha que ser criativo pra resolver alguns puzzles. Senti muita falta disso nesse. Uma dica, joguem com o sistema de dicas desativado, assim o desafio será um pouco maior.
História:
Esse ó o ponto forte do jogo. No momento em que entrei no jogo já me senti em Hill Valley. E isso continuou por todas as épocas e realidades que passei. Conforme encontrava personagens novos e antigos, essa imersão aumentava. Quando o DeLorean apareceu pela 1ª vez foi emocionante. Senti isso em poucos jogos.
A história é uma sequência direta da história dos filmes. O Doc desapareceu e depois de seis meses o banco em que o pai do Marty trabalha vai vender suas coisas pra pagar suas dívidas. Um DeLorean aparece do nada e Marty descobre que tem que voltar ao passado, mais precisamente 1931 na época da Lei Seca, pra salvar o Doc (ou Carl Sagan) de ser assassinado por um gangster local, Kid Tannen. Marty (ou Michael Corleone) tem a ajuda de um jovem que esconde do pai o sonho de ser cientista. Seu nome? Emmet Brown. A partir daí a história flui muito bem, com todas as marcas de BTTF. Pessoas sendo apagadas da história, realidades alternativas sendo criadas, um monte de esterco caindo em algum Tannen, estão todas lá!
Para quem é fã de Back To The Future é imperdível, assim pra como quem é fã de Adventures.
E fique até depois dos créditos do último episódio, tem uma surpresa...
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