quarta-feira, 28 de setembro de 2011

HORROR SHOW (ICED EARTH - 2001)



Iced Earth é uma banda norte americana criada em 1984 pelo guitarrista John Schaffer. O som da banda é uma mistura de Power Metal com Trash Metal. A banda começou a ter um destaque maior na mídia a partir de 1994, com a entrada do ótimo vocalista Matt Barlow. Sempre o Iced Earth gostou de lançar discos conceituais, como o Night Of The Stormrider de 1991 e o The Dark Saga de 1996, que conta a história do personagem Spawn dos quadrinhos de Todd McFarlane.



Em 2001 saiu outro álbum conceitual. Mas ao invés de contar uma história, Horror Show tem todas as músicas ligadas por um tema central: monstros e filmes de terror. Lançado no dia 26 de junho de 2001, o álbum traz a banda no seu ápice. É o último antes da saída do vocalista Matt Barlow (que foi substituído pelo ex Judas Priest Tim “Ripper” Owens). Todas as músicas são excelentes, com destaque para o 1º single, Dracula, que até hoje é uma das mais conhecidas da banda.


Pra quem quiser conhecer Iced Earth, esse é um ótimo CD para começar. A banda no auge, composições bastante inspiradas E Matt detonando nos vocais! Ouçam o CD, e depois assistam aos filmes em que elas foram baseadas!

      Agora o setlist e as inspirações das músicas: 
          Wolf – Baseado em The Wolf Man (O Lobisomem), filme de 1941.
Damien – Baseado em The Omen (A Profecia), filme de 1976.
      Jack – Não é baseado em nenhum filme em particular, mas em toda lenda em torno de Jack, O Estripador. 
          Ghost Of Freedom – Baseado numa história própria criada por Matt Barlow.
          Im-Ho-Tep (Pharaoh’s Curse) – Baseado em TheMummy (A Múmia), filme de 1932.
      Jekyll & Hyde – Basedo no clássico da literatura Strange Case Of Dr. Jekyll e Mr. Hyde.
      Dragon’s Child – Baseado em Creature From TheBlack Lagoon (O Monstro Da Lagoa Negra), filme de 1954.
      Transylvania – Cover da música instrumental clássica do Iron Maiden. 
          Frankenstein – Baseado no filme de 1930, com Boris Karloff como o Monstro.
      Dracula – Baseado no filme Drácula de Bram Stoker, dirigido por Francis Ford Copolla em 1992.
      The Phantom Opera Ghost – Baseado no file ThePhantom Of The Opera (O Fantasma Da Ópera) de 1925 com Lon Chaney como o Fantasma.

PS: No final de 2011 sairá o álbum Dystopia, que tem o mesmo conceito, mas com obras que apresentam futuros distópicos, como V De Vingança e Soylent Green (No Mundo De 2020).




domingo, 25 de setembro de 2011

RED HOT CHILI PEPPERS NO ROCK IN RIO - 24/09/2011

Falar sobre os Red Hot Chili Peppers é algo complicado. Quando se trata de uma das poucas bandas americanas que podem ser consideradas realmente influentes na cena musical mundial desde a era pós-punk, qualquer expectativa adquire proporções gigantescas. Quem nasceu na década de 90 e conheceu os Peppers no início/metade da década de 2000 pode ter uma visão completamente diferente dos fãs que acompanham a banda há mais tempo e ficaram decepcionados com a apresentação da banda na Cidade do Rock em 2001 (som fraco, banda aparentemente sem motivação, frescura do Frusciante em não tocar as ótimas músicas gravadas pelo Navarro, etc.).


Mesmo com os ótimos DVDs lançados durante a última década, essa displicência no RIR 3 me fez ficar com um pé atrás quando se trata de RHCP ao vivo (ao vivo de verdade, não com as possíveis correções feitas em DVDs e afins), portanto pode ser que minha visão sobre o show de ontem seja diferente da de muita gente, mas um fato é inegável: as músicas de Stadium Arcadium e I'm With You soam fracas, menores e repetitivas quando comparadas às dos monstruosos álbuns das décadas de 80 e 90. By the Way já apresentava algumas músicas abaixo do nível costumeiro de qualidade dos caras , mas ainda assim é um ótimo disco. 

Sobre o show, a apresentação foi competentíssima. Chad moeu a bateria, como de costume, dando uma aula de divisão rítmica. O batera, inclusive, fez um solo muito legal junto com o percussionista brasileiro Mauro Refosco, que também participou das gravações do decepcionante I'm With You, lançado há cerca de um mês. Flea é o mico-sagui de sempre: pula, corre, sacode, abaixa e, acima de tudo, toca uma barbaridade. Não é exagero nenhum falar que o baixista é um dos mais influentes da história. Extremamente criativo, energético e virtuosíssimo, ele é o corpo, a alma e o sangue do RHCP. O vocalista Anthony Kiedis esteve bem ontem: cantou todas perfeitamente e agitou bastante o público. O único senão ficou por conta do guitarrista Josh Klinghoffer, substituto do ídolo John Frusciante. Em algumas músicas, ele colocou mais notas do que devia e, na minha opinião, pecou em algumas escolhas de timbres (em Around the World, principalmente). Por estar tocando músicas majoritariamente calcadas na parte rítmica, é essencial aderir ao lema dos músicos conscientes: "menos é mais." Apesar disso, é evidente que trata-se de um grande músico, caso contrário não teria sido convidado para integrar uma banda desse porte. O problema principal não é Josh, e sim John e sua marca característica nas músicas maravilhosas que deixou como legado. As comparações são inevitáveis (e tristes).


Com dez álbuns de estúdio lançados, elaborar um repertório de dezoito músicas com tanta coisa boa para ser selecionada parece ser um trabalho dificílimo, mas a impressão que tenho é que eles gostam de complicar. Primeiramente, festival não é lugar para experiência. O repertório deveria ter muito material conhecido e poucas surpresas. Infelizmente, quase metade das músicas (sete) foi dos últimos dois discos, (destaques positivos apenas para Look Around, que funcionou bem, e para o hit Dani California), eliminando do set músicas interessantíssimas de The Uplift Mofo Party Plan, Mother's Milk, Blood Sugar Sex Magik, One Hot Minute e até um sucesso óbvio de Californication (a ótima Scar Tissue). Os destaques ficaram por conta de Otherside (cantada em uníssono), o excelente cover de Stevie Wonder Higher Ground, Can't Stop e o bis com Around the World, a fantástica Blood Sugar Sex Magik e o sucesso do começo da década de 90 Give It Away. Outro destaque foi a homenagem ao fã Rafael Mascarenhas (o rosto do rapaz estava estampado nas camisetas que usaram no bis), jovem que morreu atropelado por um carro que participava de um racha enquanto andava de skate ano passado na cidade do Rio de Janeiro. O motorista, que não prestou socorro e pagou propina a policiais para não ser preso em flagrante, ainda não foi julgado.


É inegável que a sonoridade da banda mudou. Aliás, a sonoridade das bandas, de uma forma geral, muda. As pessoas envelhecem, passam por experiências constantes, buscam coisas novas e mudam. Entretanto, uma coisa que não pode faltar no RHCP é sua marca característica: criatividade. Nos últimos dois discos, eles gravaram praticamente a mesma coisa, o que é decepcionante se considerarmos o potencial desses caras como músicos e compositores. E lotar o show com músicas repetitivas, mesmo que executadas com maestria, é algo que a mim, fã de longa data, não chega nem perto de agradar. Quero deixar claro que não acho que bandas que gravam há várias décadas devem viver de passado. Sou contra isso, mas deve haver equilíbrio. Tocar três músicas de Mother's Milk e Blood Sugar Sex Magik juntos, duas de Californication e SETE de Stadium Arcadium e I'm With You é uma escolha sem pé nem cabeça! Ficou claro que a intenção é aderir à molecada que começou a acompanhá-los com Stadium.

Concluindo, faltou escolher melhor o que tocar, porque energia, competência na execução e domínio de palco não faltaram. Foi uma apresentação quase perfeita, não fosse a overdose de músicas mais recentes no repertório. Eles bem que me avisaram sobre essa "opção pela facilidade" em "Once you know you can never go back / You gotta take it on the otherside," mas não adianta. É pedir demais para quem cresceu ouvindo coisas excelentes escritas por eles mesmos. 

Abaixo segue uma foto do repertório de ontem escrito à mão. Só ficou faltando Pea, do disco One Hot Minute, que foi tocada e cantada por Flea.


segunda-feira, 19 de setembro de 2011

DEUS EX: HUMAN REVOLUTION (2011)








Deus Ex: Human Revolution é um prequel do clássico jogo lançado em 2000. Criado pelo lendário desenvolvedor Warren Spector (System Shock, Epic Mickey), Deus Ex foi inovador ao misturar um jogo de ação em 1ª pessoa e RPG, dando uma liberdade de escolha ao jogador nunca vista antes.

Lançado em agosto de 2011 para PC, Xbox 360 e PS3, Deus Ex: Human Revolution, foi produzido pela Eidos Montreal e publicado pela Square Enix.  É o primeiro jogo da série a não ter nenhuma participação de Warren Spector.

A liberdade de escolha do jogo original continua. Existem várias maneiras de cumprir seu objetivo. Desde sair encarando os inimigos de frente, ou adotar uma postura stealth e terminar a missão sem ser visto. Conforme você cumpre suas missões, recebe pontos para melhorar suas habilidades. Quando joguei resolvi gastar todos os pontos nas habilidades stealth e só usei armas não letais. O terminei sem matar nenhum inimigo (exceção aos chefes que você é obrigado a matar).



Tecnicamente o jogo é muito bom. Os gráficos não são os melhores da geração, mas não deixam a desejar. Os personagens principais são muito bem detalhados, mas a maioria dos NPCs parecem genéricos demais, o que tira um pouco da “vida” do jogo. O som do jogo é ótimo, com uma dublagem competentíssima e uma trilha sonora eletrônica, composta por Michael MacCann, que caiu muito bem no clima futurista do jogo.



 A história começa em Detroit, no ano de 2027, 25 anos antes do jogo original. O jogador controla Adam Jensen, chefe da segurança das Indústrias Sarif. Megan, principal cientista da Sarif e namorada de Adam, faz uma descoberta que promete mudar o rumo das pesquisas sobre a “melhoria” do corpo humano de forma não natural. Na época essas “melhorias” eram conseguidas através de implantes mecânicos e chips no cérebro. Mas com a pesquisa de Megan, nano tecnologia começaria ser usada. A sede das Indústrias Sarif é atacada, Megan e sua equipe são mortos e Adam deixado pra morrer. Usando o melhor dos implantes da época, Adam é “reconstruído” e passa a investigar quem está por trás do ataque. No decorrer do jogo, ele descobre ser peça fundamental numa conspiração que levará à distopia do Deus Ex original.


Deus Ex: Human Revolution não é tão bom quanto o primeiro, mas cumpre bem o papel de ser o alicerce pra uma história muito maior. O fator replay do jogo é alto, pois além das diversas formas de cumprir suas missões, ele tem diversos finais diferentes dependendo das escolhas do jogador. Recomendado tanto a quem gosta de jogos de tiro em 1ª pessoa como a quem gosta de RPGs e jogos stealth.

PS: O jogo contém diversas referências a outras obras, como pode ser visto nesse link.