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domingo, 11 de setembro de 2011

TV - NEW GIRL (Fox)


A resenha abaixo contém spoilers do episódio piloto. Não que faça muita diferença. A Fox já soltou tudo no trailer.

Zooey Deschanel é famosa por sua fofura imensurável. Essa sua característica não é muito privilegiada em alguns filmes de sua carreira, como "Quase Famosos" ou "Fim dos Tempos", mas bastaram dois para elevá-la a esse status: "Sim Senhor" e "500 Dias com Ela".

Tem como não amar?

Quando a série de TV New Girl foi anunciada, com um trailer que (descobri depois) resumia todo o episódio piloto, fiquei seriamente entusiasmado. A oportunidade de vê-la sendo extremamente fofa toda semana era algo que eu não ia deixar de aproveitar. Tal piloto, que será exibido no dia 20 deste mês pela Fox estadunidense, foi divulgado prematuramente na web pelo próprio canal. Uma estratégia arriscada, considerando que a exibição na TV não contará com o fator "curiosidade" que aumenta os números desse tipo de evento.

E o que eu mais temia aconteceu: o episódio não é bom. Algumas piadas até funcionam, mas não são nem um pouco originais. Micro flashbacks mostrando ou contradizendo algo que acabou de ser falado são um recurso frequente em Family Guy. Piadas com O Senhor dos Anéis já são feitas à exaustão em The Big Bang Theory. O aspirante a galã que tenta cantar a recém-chegada... alguém aqui já assistiu Friends?

Hipster Zooey assistiu antes de você

Falando em clichês, vamos à trama: Jess, garota fofa e engraçada (Zooey Deschanel, como se você não soubesse), mora no apartamento do namorado. Quando pega este com outra, precisa se mudar. É aí que entram os três amigos com quem ela vai dividir o novo lar. São estes: Schmidt (Max Greenfield), o convencido que se acha o tal, constantemente tendo que colocar 1 dólar no "Douchebag Jar"; Coach (Damon Wayans Jr.), o negro que joga basquete - algo revolucionário na história dos seriados; e Nick (Jake M. Johnson), o problemático que não consegue superar o pé na bunda que tomou de sua namorada. Juntos, eles formam uma turminha da pesada que promete aprontar muitas confusões durante toda a série. Toda essa estereotipização misturada com um pouco de vergonha alheia até são compensados por alguns momentos engraçadinhos. Porém, se continuar nesse ritmo, não deve demorar muito até encarar a rejeição do público. 

"Você já deve ter nos visto em inúmeros outros programas"

Antes de dizer qualquer coisa verdadeiramente crítica sobre a série, porém, deve-se considerar o fator "episódio piloto". Muitas vezes os roteiristas ainda não sabem bem o que fazer com a série quando escrevem o primeiro episódio, e até mesmo os atores não dominam bem seus personagens. Alguém apostaria que a série Seinfeld se tornaria uma obra-prima da TV vendo o tímido episódio piloto? Provavelmente não. Por isso, me comprometi a continuar acompanhando a série. Convenhamos que não é um sacrifício ver Zooey Deschanel toda semana, mesmo que acompanhada do filho de Michael Kyle.

sábado, 10 de setembro de 2011

THE WOMAN IN BLACK (1989)

Primeiramente, eu gostaria de agradecer à internet pela oportunidade de ter assistido a esse excelente filme. Sem versão alguma disponível oficialmente em home video no Brasil e com uma versão importada em DVD raríssima e caríssima (chegando a quase 200 dólares na Amazon americana), The Woman In Black (A Mulher de Preto, em tradução livre, já que não existe tradução oficial) pode ser encontrado para download com áudio em inglês e sem opções de legenda, o que o distancia ainda mais do público brasileiro. Uma breve citação: no Brasil, pouco menos de 1% da população tem condicionamento linguístico (fluência, entenda-se) suficiente para acompanhar um filme em inglês sem legendas e conseguir entender o enredo.



Feito para a TV britânica (produzido pela Central Television para a rede ITV) e lançado em 1989, The Woman In Black é um suspense/terror que tem todos os elementos para fazer o espectador grudar os olhos na tela e esperar algo acontecer a cada movimento de câmera: vozes, ruídos, risos, pessoas que evitam falar sobre os acontecimentos, mortes misteriosas e mais, sendo surpreendente até o final.

O filme do diretor Herbert Wise tem como protagonista Arthur Kidd (Adrian Rawlins), que é enviado por uma firma de advocacia à cidadezinha de Crythin Grifford, onde deve acompanhar o funeral e cuidar dos trâmites legais para a venda dos bens de Alice Drablow, uma viúva que falecera sem deixar herdeiros. Ainda no trem, antes de chegar a Crythin Grifford, Kidd encontra Sam Toovey (brilhantemente interpretado por Bernard Hepton), um fazendeiro local que reage com estranheza ao fato de que Kidd passará algum tempo na mansão Eel Marsh House, antiga residência da Sra. Drablow.


Aos poucos, Kidd nota que Eel Marsh House é um assunto evitado pelos residentes e se dispõe a desvendar o mistério que começa a incomodá-lo. Estando localizada em uma região litorânea remota, Eel Marsh fica isolada da cidade em determinados momentos do dia devido à movimentação da maré, não sendo possível chegar ou sair do local a qualquer momento. Após ter avistado uma mulher toda vestida de preto, sobre a qual os residentes de Grifford se recusam a falar, Kidd, que não acredita no sobrenatural, é levado até a velha mansão por Keckwick (William Simmons), um carroceiro que costumava prestar serviços à Sra. Dablow. Durante uma curta estadia lá, ele começa a presenciar eventos estranhos e, aos poucos, a entender o significado não apenas desses eventos, mas também da história por trás da tal mulher de preto, chegando a um final bem interessante.



Adaptado de um romance escrito por Susan Hill, The Woman In Black tem como pontos fortes a ambientação (uma cidadezinha litorânea, uma mansão vitoriana, transporte a cavalos, muita névoa) e a revelação gradual dos elementos principais da trama, o que só aumenta o clima de suspense e a ansiedade no espectador. Feito todo sobre uma base sólida de narrativa e sem contar com uma grande quantidade de efeitos especiais, o filme tem o que todo filme de suspense/terror deveria ter: uma história interessante, bem contada e o uso das músicas de fundo, dos efeitos sonoros e de uma fotografia extremamente bem feita como aliados para amplificar o clima gerado pela história. Além de tudo isso, a obra ainda conta com um elenco bem inspirado, com destaque para os atores que interpretam Kidd e Toovey.


Sem versão em português e praticamente desconhecido do grande público, The Woman In Black oferece muito mais ao espectador do que a maioria dos filmes que Hollywood tenta nos empurrar goela abaixo e merece ser apreciado, preferencialmente à noite.


Um remake (só para variar) desse filme está em fase final de produção e será lançado em 2012, contando com Daniel 'Harry Potter' Radcliffe no papel do advogado Adrian Kipps (sim, o sobrenome foi mudado e é idêntico ao do personagem do livro). Conhecendo a versão de 1989, afirmo que assistirei ao de 2012 com um pé atrás, mas com vontade de ser surpreendido por um bom remake. Em uma época onde a palavra remake virou sinônimo para lucro fácil e um alívio para a falta de criatividade generalizada que assola Hollywood, devo ao menos reconhecer que escolheram uma excelente obra para regravar.

A versão integral do filme de 1989 está disponível no Youtube (em inglês, obviamente). O vídeo acima serve como uma amostra.


Para quem quiser fazer o download, segue o link para o torrent com vídeo e áudio de qualidade muito boa: Link para o torrent


Acima o trailer para a versão que será lançada em fevereiro de 2012.